Está usando conta global? Talvez seja hora de repensar

Se você achava que as contas globais eram a solução mágica para economizar no exterior, talvez essa seja a hora de repensar. Com as novas regras do IOF entrando em vigor, muita coisa mudou — e não para melhor.

Entendendo a nova cobrança de IOF

Sabe aquela sensação de estar pagando menos quando usa a Wise, a Nomad ou a Revolut? Pois é… ela pode ter ficado no passado. Desde 23 de maio, o governo passou a aplicar uma alíquota unificada de 3,5% para quase todas as transações de câmbio, incluindo contas globais, cartões de crédito internacionais e transferências. Antes, essas contas tinham IOF reduzido, de apenas 1,1%.

Essa mudança deixou tudo mais “nivelado”, mas nem sempre de forma justa. Porque, mesmo com o imposto igual, o spread — aquela diferença entre o câmbio comercial e o valor cobrado de você — ainda pesa (e muito!).

Comparando as opções: nem tudo é o que parece

Com o IOF igualado, é tentador achar que usar conta global ou cartão internacional dá na mesma. Mas olha o pulo do gato: o spread muda de uma instituição pra outra.

• Em algumas contas digitais, como a Revolut, ele pode ficar na casa dos 0,6%.
• Já nos bancos tradicionais, há cartões cobrando spreads de 5% ou mais!

Ou seja: o custo real da sua transação depende do IOF + spread. E às vezes, aquela pontuação em milhas não compensa o valor extra que você está pagando sem perceber.

Vale a pena manter sua conta global?

A resposta é: depende. Se você é do tipo que gosta de planejar, comprar dólar aos poucos e manter o controle dos gastos, uma conta global ainda pode valer muito a pena. Além disso, essas contas oferecem:

• Cartões físicos e virtuais para uso no exterior
• Conversão instantânea com transparência
• Acesso a investimentos internacionais

Mas, se você não costuma usar com frequência ou se não compara os custos antes de cada viagem, talvez seja a hora de repensar conta global. Afinal, até mesmo cartões de crédito cooperativos estão oferecendo condições bem competitivas.

Dá pra economizar ainda?

Dá sim! Mas agora exige mais estratégia:

• Compare o spread antes de converter
• Evite casas de câmbio para grandes valores
• Planeje com antecedência para aproveitar cotações melhores
• Avalie contas com cashback ou IOF reembolsado

E se você pensa em viajar em breve, uma dica de ouro: algumas contas permitem aplicar o dinheiro em dólar até o momento da viagem, com IOF mais baixo. Isso pode aliviar bem o impacto da mudança.

O recado final

Se antes a conta global era uma escolha quase óbvia, hoje ela exige mais atenção. Com IOF mais alto e spreads variados, a chave é comparar sempre. E mais do que nunca, usar a opção que te dá mais previsibilidade e controle.

No fim das contas, não se trata de abrir mão das viagens, mas de encontrar formas mais espertas de pagá-las. E aí, já decidiu se vai continuar com sua conta global ou é hora de mudar de plano?